Tempo de renovação, conversão e esperança
O Advento começa no primeiro domingo de dezembro e vai até às vésperas do Natal de Jesus, contando quatro domingos. É tempo de esperança, de estarmos alertas e vigilantes para acolher o Senhor. Tempo de caminhar na esperança daquele que nos vem trazer a salvação.
Caríssimos irmãos e irmãs, o natal Cristão é a luz da esperança que se acende nos corações daqueles que amam a Deus e o acolhem com coração sincero, traduzindo em seus gestos e ações.
Caminhemos à luz do Advento e transformemos nossos corações numa manjedoura de amor para acolher Cristo que vem, exclamando: “vem Senhor Jesus”.
O tempo de Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor nos últimos tempos, enquanto as duas seguintes servem para refletir concretamente sobre o nascimento de Jesus e sua irrupção na história da humanidade.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas especificas como:
- A vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos;
- A conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção ao Reino do Pai;
- O testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros;
- O coração disponível para Deus, como o de Maria, José, João Batista, Zacarias, Isabel;
- Alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falha.
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança. (1TM 1-1). Esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna; esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições etc.
Queridas irmãs e irmãos, é necessário que preparemos o caminho do Senhor, levando Cristo aos irmãos para os santificar, nas suas próprias vidas.
O evangelho de são Lucas 1;26-38
Encontramos o anúncio do nascimento de Jesus a Maria num momento profundo. A resposta de Maria à revelação divina é aceitação humilde, mas também um exemplo de fé e obediência ao Pai. O anjo Gabriel anuncia a Maria, uma jovem de Nazaré, que ela conceberá e dará à luz um filho, que será chamado Jesus. Este anúncio é extraordinário por várias razões: a virgindade de Maria, a promessa da concepção por meio do Espírito Santo e a declaração de que seu filho seria o Messias prometido, o filho do Altíssimo.
A resposta de Maria é: “eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra”. Quer dizer que Maria mostrou ao Senhor a sua abertura em colaborar com Deus. Ela também oferece um testemunho poderoso da fé humana e da obediência a Deus. Reflete uma profunda humildade e uma disposição para aceitar a vontade de Deus. A aceitação de Maria não é passiva, mas uma escolha ativa de confiar e cooperar com o plano divino. A sua resposta ao Anjo mostra uma disposição para acreditar no impossível e uma prontidão para agir de acordo com essa crença. Hoje, Maria, nosso modelo, nos convida abrir nossos corações para receber o Menino Jesus e para manifestar a vontade de Deus.
Maria também é um nosso modelo de discipulado. Ela responde ao chamado de Deus com fé e coragem, estabelecendo um exemplo para todos os seguidores e seguidoras de Cristo. Ela, em sua humildade e força, verdadeiro discipulado, convida-nos a refletir sobre nossa própria resposta à Graça e ao chamado de Deus em nossas vidas.
Minhas queridas irmãs e irmãos, assim como Deus precisou do sim de Maria para ser Mãe de Jesus, hoje, também Ele precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar ao mundo. Assim como Maria se preparou para o nascimento de Jesus, a começar pela renúncia e mudança de seus planos pessoais, nós precisamos nos preparar para vivenciar o seu nascimento em nós mesmos e no mundo, na mesma disposição.
Noviça Ester Antônio