Por Irmã Sipiwe Phiri
Em outubro de 2024, tive o distinto privilégio de servir como assistente no Sínodo, um momento significativo na vida da Igreja global. Foi uma experiência edificante testemunhar o discernimento contínuo da Igreja, quando vozes de todos os cantos do mundo se reuniram para buscar a orientação do Espírito Santo em questões essenciais para a missão da Igreja.
Como assistente, tinha uma perspetiva única. O meu papel, embora nos bastidores, permitiu-me observar a profunda dedicação e sinceridade dos participantes – bispos, padres, religiosos e leigos. O seu empenho comum na escuta, no diálogo e na oração realçou o espírito de colaboração do Sínodo.
As discussões foram muito abrangentes, tocando em questões que têm um impacto direto no trabalho pastoral e evangelizador da Igreja. Senti-me profundamente tocada pela ênfase na inclusão e no acompanhamento, temas que ressoam com o nosso chamado para servir como seguidores de Cristo. Num mundo frequentemente dividido por ideologias, a ênfase do Sínodo na unidade, na caridade e na missão foi um lembrete refrescante do papel da Igreja como um farol de esperança.
Talvez o aspecto mais tocante da minha experiência tenha sido testemunhar a rica diversidade de vozes. A Igreja global estava plenamente representada, e cada voz – quer dos leigos, das comunidades religiosas ou da hierarquia – foi tratada com reverência. As discussões revelaram tanto os desafios como as oportunidades que surgem com a construção de uma Igreja sinodal.
Esta experiência reafirmou a minha própria vocação e a importância do discernimento comunitário na Igreja. Foi um momento de graça, onde foram plantadas as sementes da renovação e de uma comunhão mais profunda, e estou grata por ter desempenhado um pequeno papel neste processo sagrado.