Unindo o mundo para enfrentar a mudança climática – Glasgow, Escócia

Posted Dezembro 15, 2021

 

 

Unindo o mundo para enfrentar a
mudança climática – Glasgow, Escócia
31 de outubro – 13 novembro de 2021

 

 

As Irmãs Eleanor Dalton, Mary Jo McElroy, Margaret Lee e Verônica Brand foram o rosto da RSHM na COP 26. Todas participaram de algumas sessões realizadas na Conferência das Partes sobre as Mudanças Climáticas da ONU em Glasgow – Escócia e, junto a outras pessoas, expressaram suas preocupações e esperanças. As irmãs estavam acompanhadas das amigas, Maria Pizzoni e Mary Kate Torre e, também conheceram outras de coração e caminhada, como a Brett  Nichols. Em 31 de outubro, dia da abertura da COP, representantes de várias comunidades religiosas se reuniram para uma Vigília de Oração Inter-Faith especial. Foi uma participação forte e significativa.

 

 

 

 

 

 

Ao refletir sobre sua experiência, Ir. Mary Jo afirmou: “as vozes que permanecem comigo, em meu coração e em minha mente, me encoraja a manter-me fiel ao meu compromisso com a Terra e toda vida que há nela – são os dos povos indígenas, dos jovens e dos diferentes grupos de caminhantes”.

Ir. Mary Jo afirma que os indígenas falavam com autoridade, isso ela atribuiu à relação deles com a natureza, expressa em rituais e em todo o seu modo de vida.  O respeito deles pela Terra se contrasta com o dos governos, que permitem que as represas sejam: “construídas em seus rios, derrubando árvores da floresta e permitindo que as empresas de mineração escavem a terra para extrair combustíveis fósseis e minerais”.  Com vidas, terras, línguas, espiritualidade e culturas indígenas em perigo, juntamente com práticas reconhecidas e questionáveis de corporações multinacionais, os líderes indígenas declararam: “Não queremos que tenham pena de nós, mas que descubram o que o seu governo está fazendo contra nós e qual o real interesse das empresas multinacionais. Pedimos justiça! Justiça para os nossos filhos e para os seus. Queremos viver em paz. Somos os guardiões da Floresta – não apenas para nós, mas para o seu bem. Isto é para todos nós contemplarmos no exercício de nossa franquia e de nosso poder enquanto consumidores”.

Muitos jovens e adultos participaram da COP 26. Greta Thunberg marchou e fez declarações, abordando passos importantes que os políticos precisam dar em relação à crise climática. Tendo um interesse particular nos resultados da COP26, estes jovens e adultos lideraram sessões e interagiram com tópicos que foram cruciais para “unir o mundo para enfrentar a mudança climática”.

Getty Images: Ms. Thunberg joined the march as it made its way to the city centre from Kelvingrove Park

Os RSHM’s participaram da marcha no sábado, 6 de novembro, junto com 100.000 pessoas. Alguns, vindo caminhando rumo a Glasgow, desde Edimburgo. No caminho, encontraram outros que compartilham seu compromisso e paixão pela justiça terrestre e a necessidade global de resolver as questões que estão levando à deterioração dos ambientes.  Ir. Mary Jo e Maria podem ser vistas na caminhada (foto abaixo) segurando uma bandeira galesa, que diz: “Há uma Terra”. Arte, música, teatro, marionetes e outros gêneros foram usados para mostrar a gravidade da crise climática e para engajar os presentes em diálogos que ofereciam soluções propostas. Caminhando juntos, compartilhando histórias, escutando uns aos outros, nos tocou e nos entusiasmou.

 

 

 

 

 

 

 

Entre muitos encontros importantes, Ir. Mary Jo conheceu Claudelice Silva dos Santos, parceira da CAFOD, caminhando ao lado de Maria Elena Arana, também da CAFOD.  Defensora da terra do Pará, na Amazônia brasileira, Claudelice vivenciou intimidação e violência em primeira mão. Seu irmão e cunhada foram assassinados há 10 anos por sua resistência ao corte ilegal de madeira. “Eu não conseguia nem sair da cama por medo de ser baleada por causa das ameaças de morte que recebi”. E ainda assim, Claudelice pode dizer: “Eu superei tudo isso porque acreditamos que a mudança é possível”.

(Foto e texto, cortesia do Independent Catholic News)

Energizada e entusiasmada pela interação, Ir. Mary Jo afirmou que: “Deixamos a Marcha decididos a fazer o que for preciso para preservar e sustentar nossa Terra e suas criaturas, e juntos enfrentaremos essas questões que garantirão que todos tenham vida”.

Ir. Verônica observou que, embora não tivessem acesso ao “centro oficial de negociações”, elas experimentaram o chamado urgente a uma ação para o enfrentamento das mudanças climáticas entre as pessoas comuns que se reuniram, rezaram e caminharam juntas.  Com força e resistência, “todos chamavam seus líderes para tomar medidas urgentes”. Ir. Verônica observou que, “estar presente na COP 26 foi uma oportunidade valiosa para unir o dinamismo dos movimentos de todo o mundo no chamado urgente para a justiça climática”.

Ir. Verônica refletiu sobre os efeitos devastadores da mudança climática na igualdade de gênero, uma dimensão perigosa e que é mais do que frequentemente ignorada.  “Mulheres e meninas são desproporcionalmente impactadas pelos efeitos da mudança climática, especialmente em países menos desenvolvidos. Não só as mulheres têm menos acesso a recursos do que os homens, como são obrigadas a encontrar novas maneiras de alimentar suas famílias em tempos de escassez, colheitas ruins e crise financeira”.  E como observado por Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda e Alta Comissária para os Direitos Humanos: “Mulheres e meninas têm até 14 vezes mais probabilidade de morrer como resultado de desastres resultantes da mudança climática do que homens e meninos”.

No final da COP 26, Ir. Verônica reconheceu que os objetivos eram algo de longo alcance, e sabemos que, para alguns, os resultados foram muito decepcionantes.  A Ir. Verônica lista os objetivos para nós, veja abaixo:

  • Assegurar emissões globais líquidas-zero até 2050 para manter o limite de 1,5C de aumento de temperatura ao nosso alcance.
  • adaptar para proteger as comunidades e os habitats naturais,
  • mobilizar financiamento para a adaptação climática e
  • trabalhar em conjunto para obter os resultados.

Embora a Declaração negociada em Glasgow, alcançada em 13 de novembro, não tenha conseguido assegurar o limite de 1,5C, Ir. Verônica observou que “houve compromissos assumidos que oferecem esperança, se realmente implementados”.

Para maiores informações e reflexões por RSHM e amigos na COP 26, favor ver o boletim informativo da ONG RSHM da ONU de outubro novembro de 2021 no site da RSCM RSHM.

Para finalizar, abraçamos o desafio do Papa Francisco de agir em nome da justiça climática ao anunciar mais devastação à nossa terra e ao nosso meio ambiente. Ao abordar a COP 26, ele afirma enfaticamente que, “Agora é o momento de agir, urgentemente, com coragem e responsabilidade”. (Papa Francisco à COP 26)

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